Data:08/03/2021 17:37:27
O CEDECA Casa Renascer externa através de Nota Pública, a nossa preocupação com a realidade que atravessamos na conjuntura nacional, neste 8 de março de lutas, em defesa de direitos das mulheres, das meninas e de vacina para todos.
Ser mulher no Brasil, em tempos de pandemia, não é fácil. São elas que historicamente assumem o lugar do cuidado e, não por acaso, representam 65% dos profissionais de saúde de nosso país. Muitas outras, perderam seus empregos e estão enfrentando desafios não só econômicos, mas também psicológicos. Ainda, não bastasse de encarar de frente a COVID-19, carregam sozinhas a responsabilidade de administrar da casa, dos serviços domésticos além do cuidado com crianças e adolescentes; sabendo que, como nunca, ser mãe está sendo um exercício contínuo de amor e resistência. Principalmente quando lembramos que, no atual cenário político e social de tantas perdas, nossas crianças estão em risco.

A violência contra a mulher, que aumentou 256% no RN durante a pandemia, não começa na vida adulta. A violência contra meninas é uma realidade que não pode ser negada. De acordo com o IPEA, 72% desses casos acontece em casa e, como constata o Ministério da Saúde, mais de 50% das vítimas tem menos de cinco anos.
A UNICEF aponta para o perigo que é a diminuição no número de denúncias de violência contra crianças e adolescentes em 2020, destacando que o fechamento das escolas e o cenário de isolamento social tornaram mais difícil a identificação de situações de violência.
Essa situação, na qual hoje se encontram nossas meninas e mulheres, é fruto de uma sociedade fundada em padrões sociais machistas e patriarcais que se revelam nos altos índices de violências baseadas em gênero.
Portanto, dado que a pandemia intensificou ainda mais esse cenário, no dia internacional da mulher que acontece nesse contexto, não podemos esquecer de reforçar a necessidade de um combate efetivo à COVID-19, assina como um investimento massivo na compra de vacinas e o fortalecimento da rede de atendimento – pelo bem de nossas meninas e mulheres!
Por: ASSCOM