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Cerca de 130 mil crianças no Brasil perderam pai ou mãe para Covid-19.

Data:06/08/2021 14:43:16

Desde o início da pandemia mais de 560 mil pessoas no Brasil perderam a vida em decorrência de complicações da COVID-19, desses, aproximadamente 130 mil crianças brasileiras perderam seus responsáveis para a Covid-19. É o que revela estudo divulgado pela revista científica ‘The Lancet’, publicado em julho de 2021


Há mais de um ano o mundo vive o luto e busca alternativas para amenizar as consequências pelos efeitos diretos da pandemia. O estudo da “The Lancet” aponta que cerca de 1 milhão de crianças no mundo perderam pai ou mãe para Covid-19, e outras 500 mil, perderam uma outra pessoa que fazia parte do núcleo de cuidados, como um avó, avô ou tios que viviam no mesmo ambiente familiar. 


Segundo Susan Hills, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e uma das pesquisadoras que lideraram o estudo, "A cada duas mortes por Covid-19 no mundo, uma criança foi deixada para trás para enfrentar a morte de um parente ou cuidador".




Trata-se do primeiro estudo global sobre o tema diante da pandemia do coronavírus, e revela os efeitos das perdas sobre a formação de crianças e adolescentes. O estudo orienta os governos a tomarem medidas urgentes diante da situação, visto que a pandemia tem aprofundado problemas sociais e estruturais já existentes, e criado outros novos em consequência do grande número de mortes.


No Brasil, o estudo aponta que cerca de 130 mil crianças perderam um  de seus responsáveis direto, o que equivale a duas crianças em cada mil. Esse índice só é menor que o registrado no Peru (10 a cada mil), na África do Sul (cinco a cada mil) e no México (três a cada mil). 


Os pesquisadores responsáveis pelo estudo ALERTAM que "crianças que perderam um parente ou cuidador estão arriscadas a sofrerem de efeitos adversos de curto e longo prazo sobre a sua saúde, segurança e bem-estar, como o aumento do risco de doenças, abusos físicos, violência sexual e gestação na adolescência". E PEDEM uma ação urgente para responder ao impacto das perdas de cuidadores como parte dos programas de combate à Covid-19", afirma a "The Lancet". 




No Rio Grande do Norte cerca de 600 meninas e meninos ficaram órfãos em decorrência da pandemia de COVID-19, segundo levantamento realizado pelo Consórcio Nordeste, publicado em Julho de 2021. No levantamento foi considerado tanto os órfãos da pandemia de forma bilateral, quando há morte do pai e da mãe, quanto da forma monoparental, quando ocorre a perda apenas de um dos responsáveis.


Para Lucie Cluver, professora da Universidade da Oxford e da Universidade de Cape Town na África do Sul, “ os governos precisam realizar esforços adicionais para vacinar os cuidadores de crianças, e dar suporte financeiro às famílias que ficarem responsáveis por ajudar os jovens que perderam seus pais e responsáveis”, famílias estendidas ou adotivas à cuidarem dessas crianças com a ajuda de custos e programas de auxílio à parentalidade e acesso à educação.


Na perspectiva de amenizar a situação das meninas e meninos do RN, e inspirado no programa de proteção  “Nordeste Acolhe”, fruto de estudos e discussão pelo Fórum dos Governadores do Nordeste, o governo do estado do Rio Grande do Norte lançou em julho último, o “RN ACOLHE”, versão local dessa estratégia que objetiva ajudar financeiramente crianças e adolescentes do estado vitimadas pela pandemia até os 18 anos com um auxílio  mensal de R$ 600.


O projeto será desenvolvido pelo Governo do Estado e enviado para aprovação dos deputados estaduais na Assembleia Legislativa.




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FONTE: CNN/AgênciaSaibaMais



Por: Concita Alves - Jornalista

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